Uma parte significativa dos incêndios em edifícios é causada por problemas nas instalações elétricas. Este fato, aliado à idade e falta de manutenção do sistema elétrico, são grandes motivos de preocupação.
Mas como determinar quando remodelar as instalações de um edifício? Quais são os indicadores aos quais devemos estar atentos para evitar acidentes? E como garantir a segurança de todos os visitantes do edifício?
Neste artigo, examinaremos os problemas de instalação elétrica mais frequentes e como reconhecer quando reparos e modificações são necessários.
Principais problemas de instalação elétrica construções
#1 Padrão de entrada
Um dos sistemas mais cruciais nas instalações elétricas é o padrão de entrada, por onde trafega toda a energia consumida ou injetada.
É muito comum ver inúmeras padrões de entrada em edifícios, inclusive aqueles que se aplicam à entrada geral, a cada prumada e a cada unidade consumidora (para cada unidade, por exemplo).
Os três principais problemas com os padrões de entrada são disjuntores danificados, lacres da concessionária quebrados e padrões de entrada abaixo da carga necessária, o que resulta em falhas do disjuntor.
Nessas situações, há extrema necessidade de adaptação, pois o risco de incêndio, curto-circuito ou gatos é muito alto.
#2 Disjuntores
Os disjuntores são equipamentos fundamentais para proteger os circuitos e instalações existentes contra sobrecarga e, consequentemente, incêndios.
Em edifícios, é muito comum haver muitos quadros de energia distribuídos por várias áreas comuns. Para isso é importante ter vários circuitos e disjuntores para proteção.
Os principais problemas com disjuntores são:
- Disjuntor com mais de um circuito (ter dois fios conectados ao disjuntor é um forte indicador desse erro);
- Disjuntor não está de acordo com a bitola do condutor (neste caso, o disjuntor não está desempenhando sua função corretamente e o condutor pode superaquecer); e
- Ausência de um disjuntor geral.
A necessidade de adequação nessas situações é urgente, pois o disjuntor é a principal ferramenta para prevenir superaquecimento e incêndios.
#3 Uso excessivo de extensões
Frequentemente usamos extensões para conectar vários equipamentos à mesma fonte de alimentação. Com a introdução de vários aparelhos elétricos no nosso dia a dia, esta prática tornou-se cada vez mais comum.
A maioria dos sistemas elétricos de edifícios e residências não foram projetados para acomodar o uso de tantos aparelhos em um só espaço no momento em que foram construídos. Por esse motivo, é comum não ter tomadas suficientes para tudo.
Portanto, acontece o uso de extensões. Porém, o uso excessivo de extensões, inclusive conectando extensões a extensões, pode resultar em sobrecarga do circuito, curto circuito e até mesmo queima dos equipamentos conectados.
A necessidade de adaptação é moderada, mas deve-se atentar para a eventual necessidade de reforma adicionando mais circuitos e tomadas e possibilitando o uso seguro e pleno dos equipamentos.
#4 Aterramento
Elemento essencial das instalações elétricas, o aterramento é o método alternativo para lidar com o “excesso de energia”. Ele é crucial para prevenir a queima de equipamentos e um componente chave do SPDA.
Dado que o peso total é elevado, os edifícios devem ter um bom aterramento. Além disso, os condutores de aterramento devem ir para todas as unidades consumidoras e quadros do prédio.
Os principais problemas com aterramento encontrados em edificações são:
- Falta de aterramento;
- Falta de aterramento nas carcaças metálicas;
- Circuitos sem aterramento; e
- Aterramento dimensionado inadequadamente.
Dados os riscos de falha elétrica e perda de equipamentos vitais, a necessidade de adequação desses pontos é de alta prioridade.
#5 IDR
Atualmente exigido pela norma NBR 5410 para circuitos em áreas molhadas, o IDR (Interruptor Diferencial Residual) é um dispositivo de proteção contra acidentes elétricos.
Devido à sua tecnologia mais moderna, este dispositivo frequentemente não é encontrado em edifícios antigos, apesar de desempenhar um papel vital na proteção da vida humana.
Os três principais problemas com este dispositivo são:
- Falta de IDR,
- Constante queda do IDR e;
- Conexão IDR incorreta sem proteção de circuito.
Uma vez que existe um risco para a vida humana, há uma alta prioridade para adequação.
#6 DPS
O Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS) é um dispositivo que funciona em conjunto com aterramento para salvaguardar equipamentos eletricamente conectados.
Semelhante ao IDR, esta é uma tecnologia relativamente nova e está ausente da maioria das instalações mais antigas.
Os principais problemas deste dispositivo são os seguintes:
- Falta de DPS;
- DPS obsoleto não substituído;
- Conexão DPS inadequada que permite a queima do equipamento.
Devido ao risco de perda de equipamentos valiosos ou essenciais, a urgência de uma preparação adequada é geralmente moderada.
#7 Condutores
Uma das partes fundamentais da instalação elétrica são os condutores, ou cabos. Eles são os responsáveis pelo fluxo da corrente e cuidam de toda a distribuição de energia por todo o edifício.
Pela sua abundância e importância, os condutores são os que apresentam mais irregularidades em instalações. Os principais problemas com eles são condutores emendados de forma incorreta, condutores com pontas soltas e condutores desgastados ou expostos.
Todas essas questões são extremamente urgentes devido ao risco de acidente elétrico, incêndio e danos ao equipamento.
Importante
A manutenção regular das instalações elétricas é fundamental e exigida por lei, mas muitos edifícios não a cumprem. Um bom momento para realizar inspeções e avaliações desses sistemas é anualmente.
Por isso, é aconselhável realizar revisões anuais abrangentes usando termografia para identificar quaisquer áreas que precisem ser alteradas e determinar se as reformas são necessárias.
Quando foi a última vez que o prédio que você mora ou trabalha teve inspeção nos quadros elétricos?
Cuide de suas instalações e garanta que os visitantes do prédio estejam seguros!
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